sexta-feira, 23 de abril de 2010

Você conhece Nick Hornby. Só não sabe disso ainda.

É isso mesmo. Talvez você não saiba que ele é careca, tem 52 anos, é louco por futebol e que seus livros ocupam a primeira prateleira à esquerda, logo que você entra na Livraria Cultura. Mas acredite em mim, você o conhece.



Porque eu tenho certeza que você já gastou poucos 10 minutos da sua vida no canal TNT e viu passando “Um Grande Garoto”, aquele filme onde o Hugh Grant é um trintão esquisito e cheio da grana que conhece um adolescente esquisito e sua mãe mais esquisita ainda (e sim, esse é um filme esquisito, mas adorável).



E naquele dia em que o dentista te deu um chá de cadeira de duas horas, você resolveu prestar atenção no que estava passando na TV de 14 polegadas da recepção e viu a Drew Barrymore na Sessão da Tarde, se apaixonando por um cara aparentemente perfeito, mas que era louco demais por futebol.



E sabe aquele seu amigo entendido de música? Pronto, ele já deve ter te enchido os ouvidos pra você conhecer a trilha sonora de um filme chamado “Alta Fidelidade”, que é talvez até mais famosa do que o próprio filme.



Viu só, você o conhece. Porque os três filmes citados aí em cima são baseados em livros desse inglês, que virou queridinho da estante de quem gosta de música, cultura pop e boas histórias. Não necessariamente nessa ordem.



Nick Hornby entrou em minha vida através dos créditos de “Alta Fidelidade” e, desde então, 5 de seus 9 livros já passaram por esses dedos que vos digitam. Tiradas inteligentes, histórias inusitadas, personagens cativantes (e normalmente, fracassados em alguma coisa, pra gente se identificar) e muita, muita referência à música são a receita para retratar uma geração que fez da Cultura Pop (especialmente da música), sua melhor amiga.



Deixo aqui o desafio: comece a ler um livro do cara e consiga passar mais de uma semana com ele nas mãos. Não vai ter sono, ônibus, aula, hora de almoço ou cinema com o namorado(a) que te faça não querer chegar logo na última página.

Então, eu termino esse post homenageando Rob Fleming. Personagem de "Alta Fidelidade", recém abandonado pela namorada e maníaco por Top’s 5, e vou deixar aqui o meu.



O tema é "Livros do Hornby que você tem que ler":

1) Alta Fidelidade


2) Uma longa queda


3) Um Grande Garoto


4) 31 Canções


5) Juliet, Nua e Crua*





*Esse último eu ainda não li, mas foi (finalmente) lançado em português há poucos dias, e é claro, não vai escapar da fatura do meu cartão de crédito esse mês.

3 comentários:

Maria Tereza Falcão

Gosta de futebol?! Febre de Bola.
Eu quero ser Nick na próxima vida.
Aqui em JP ainda não chegou Juliet, nua e crua. Mas eu já fiz meu pedido...
Boa leitura pra nós. E ah... Nossos cartões de crédito não vão achar tão ruim assim, pelo menos a dívida é com uma coisa boa!
;]

Breno Pessoa

Tenho o orgulho de ter emprestado para Nathália o Alta fidelidade e Uma longa queda. Portanto, dei minha contribuição nesse processo de paixão pelo Hornby. E, bem, não conheço autor mais agradável de se ler, tudo isso que foi dito aqui é pura verdade. Só discordo da inclusão do 31 Canções. Trocaria por Frenesi Polissilábico. E Juliet merece, no mínimo, a terceira posição, sem dúvida.

Raphael Queiroz

uma dica para os desacreditados que ainda não conhecem o careca de 52 anos:
No mínimo, Nick Hornby vai fazer você aprender com Rob Fleming, de Alta Fidelidade, a gravar um bom disco pra conquistar aquela gatinha que não cai na sua conversa fiada. Pode confiar. Funcionou e funciona comigo. Ele tem a fórmula mágica.

ou talvez você fique paranóico fazendo top 5's de tudo, ou troque seus vinis de Joni Mitchell por Cd's de Nirvana, ou largue a faculdade de engenharia para abrir uma loja de discos... aí, só lendo pra saber.

Pois bem, ótimo texto, sobre um ótimo escritor de ótimos personagens de fantástico bom gosto.
E garanto que a autora do texto Nathália Cunha, também já deve ter caido na graça de um "disco bem gravado".

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