quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Blowin' in the Wind

Quantas estradas deve um homem percorrer antes de ser chamado um homem?
Eis a pergunta com que Robert Allen Zimmerman inicia um de seus primeiros sucessos, tendo ele ainda muitas estradas à frente por percorrer. Poucos ligaram em questionar-se se ele já era de fato um homem, mas não são poucos os que hoje o consideram uma lenda viva da cultura pop.
Nascido no estado americano de Minessota em 24 de maio de 1941, na cidade de Duluth, Robert desde pequeno interessava-se pelo universo da arte, escrevia poemas aos
10 anos de idade, e adolescente transformou-se em músico autodidata. Enquanto crescia, o jovem Robert viu crescer consigo o rock’n’roll, e pelo rock crescia o seu encanto. Mas permaneceria pequeno tal encanto diante do vislumbre que a música folk americana causaria nele ao ingressar na universidade.
Partindo a Nova York fez questão de conhecer seu novo ídolo, Woody Guthrie, célebre cantor folk. Levou consigo à “Big Apple” já algumas composições arranhadas em seu violão.
Não tardou para que o jovem Robert fosse exaltado. Final da década de 50, início da década de 60, época de muitas e profundas transições, Robert encarnava um espírito revolucionário pelo qual muitos dos jovens americanos ansiavam. Parecia cantar contra o status quo social, foi feito herói. Mas se tinha algo que o sr.Zimmerman detestava era convenções.
Convencionaram chamá-lo de cantor folk, tomou em mãos uma guitarra elétrica para enraivecer os puristas. Em meio a todo o flower power que o
transformou em idólo, Robert dormia com uma arma calibre 12 ao lado com medo de que hippies invadissem sua casa. Amado por muitos, vivia recluso. Robert foi de tudo um pouco, não gostando que o dissessem ser; era e é, pois, nada mais que Bob Dylan.
Entre os artistas que re-gravaram alguma de suas composições estão o Guns’n’Roses e os dinossauros dos Rolling Stones. Diz a lenda, Dylan teria até sido o responsável por apresentar certos rapazes de Liverpool à maconha; e graças a sua voz nasalada Jimmi Hendrix teve coragem de cantar ele também, e não só tocar sua guitarra. Comparações desse tipo não são cabíveis, porque são coisas distintas, mas pode-se dizer, e comumente se diz, que Bo
b Dylan está para os americanos, assim como Chico Buarque está para os brasileiros: letras elogiadas, voz deplorada e uma fascinação mítica.

2 comentários:

Eduardo Fialho

Tarefa difícil escrever sobre uma personalidade tão complexa com tão poucas palavras.
Valeu pelo post Gustavo!

Guto Campello

Porra, mandou muito bem. Ótimo texto.

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